Frente Ampla 25 de Abril

Frente Ampla 25 de Abril é lançada no Porto
com o compromisso de unir as Esquerdas
Com brados de união, foi apresentada ao público, no passado dia 6 de Maio, a Frente Ampla 25 de Abril, movimento cívico com pessoas e personalidades em torno da união das forças e mentes de esquerda em Portugal.

“Unir a Esquerda, as esquerdas, numa Frente Ampla e que tenha a intenção deliberada de conquistar o Poder”, posicionou-se Alfredo Soares-Ferreira, um dos membros do grupo de trabalho de fundação do colectivo.

Cerca de 40 pessoas estiveram presentes, no Auditório da Cooperativa do Povo Portuense, num sábado à tarde, para atestar a iniciativa e ouvir os convidados de honra, o professor António Garcia Pereira e o coronel José Carneiro, um dos “capitães de Abril” na cidade do Porto.



De início, moderado por José Maria Silva, o evento partiu de alguma poesia para logo passar a um preciso testemunho, em primeira pessoa, de aspectos históricos e pouco conhecidos dos dias que envolveram a “Revolução dos Cravos”, em particular na cidade invicta.

Revolução em primeira pessoa

Todos os nomes, patentes, companhias, conselhos, colunas de veículos, rendições, planos e missões cumpridas, fizeram parte dessa memória precisa, descrita pelo cel. Carneiro, e que ainda se estendeu ao longo do período do PREC.

O professor universitário Garcia Pereira, por sua vez, sintetizou o panorama actual do país, embora com a herança democrática de Abril, mas também com a realidade quase dramática dos dias de hoje, com uma economia fragilizada e conflitos políticos que permitem uma nova ascensão da extrema direita.



Convite ao Manifesto

Alfredo Soares-Ferreira e Raquel Azevedo esclareceram os pontos cruciais do movimento, “que pretende agregar e não dividir, um movimento que possa ser capaz de constituir uma frente unitária”, enquanto convidavam os presentes a subscreverem o Manifesto, no website.

Sobre o Manifesto, “trata-se de uma proposta que pode e deve evoluir para um futuro programa político global”, deste movimento cívico de esquerda, que mesmo que oficializado, pretende-se sempre aberto, espontâneo e popular.